OPOSIÇÃO AO SINDJORNAL; E NÃO OPOSIÇÃO OPORTUNISTA-CARREIRISTA!

terça-feira, 26 de abril de 2011

Jornalistas prejudicados pela atuação medíocre da FENAJ e do SINDJORNAL

A demanda pelo acesso ao exercício do Jornalismo por profissionais de outras áreas do saber e os interesses mercadológicos das grandes empresas de comunicação, nas últimas décadas, gerou um lobby político que provocou um problema jurídico que culminou com uma campanha inescrupulosa pela desregulamentação da profissão.
         
A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e a maioria dos Sindicatos dos Jornalistas nos 27 estados brasileiros, historicamente, se posicionaram contra a criação do Conselho Federal da categoria. Apenas no final da década de 90 do século passado, resolveram aprovar em Congresso da FENAJ o apoio à criação do Conselho Federal dos Jornalistas.
         
Esse posicionamento, contrário a criação do Conselho, foi motivado por um corporativismo cego, improdutivo e mesquinho, pois a maioria dos dirigentes sindicais, à época, não possuíam formação em nível superior e, com a criação do Conselho Federal, ficariam de fora das instâncias administrativas do novo órgão regulador e fiscalizador da profissão. Essa atitude nefasta retardou a organização da categoria para resistir à pressão pela desregulamentação da profissão e pelo fim da exigência do diploma de nível superior para o exercício do Jornalismo.
         
Outro fator que motivou a frágil atuação da FENAJ e de suas representações regionais, os Sindjornais, é que os Sindicatos perderiam a representação formal de fiscalização do exercício profissional, ficando apenas com a representação econômica nas negociações salariais, através dos Acordos e Convenções Coletivas de Trabalho (ACT’s  e  CCT’s).
        
Para se ter uma ideia da falta de empenho da FENAJ para a criação do Conselho Federal, os profissionais de Relações Públicas, outra profissão do campo da Comunicação Social, bem mais nova que o Jornalismo, em 1969 conseguiu, em pleno auge da Ditadura Militar, regulamentar-se com a criação de seu Conselho Federal.
        
 Atualmente, as entidades de classe da categoria dos Jornalistas vivem uma crise de representatividade em todo o país, devido a ausência de ações que motivem os profissionais a participarem ativamente das demandas postas.  Essa crise de representatividade fica evidente quando se analisa os números das últimas eleições para a FENAJ: a soma dos votos obtidos pelas duas chapas que disputaram as eleições, com a participação dos Sindicatos de todos os estados brasileiros, não passou da casa dos 7 mil participantes do pleito. Para compreender o tamanho dessa apatia, basta salientar que apenas no estado de São Paulo existem mais de 20 mil profissionais registrados.
         
Em Alagoas não é diferente, pois dos mais de 1.300 profissionais com registro profissional, apenas uma média de 200 repassam efetivamente a contribuição sindical. Isso porque a maioria está desemprega e outra parte não se sente atraída em se associar à sua entidade de classe, pois não percebem ações que justifiquem a filiação e contribuição.
         
A atual diretoria do SINDJORNAL ALAGOAS não tem nenhuma ação voltada para os que estão fora do mercado, tratando-os com preconceito e desprezo. Outra questão relevante diz respeito à qualificação dos Jornalistas, tanto em relação aos que estão no mercado e, principalmente em relação aos que estão desempregados, pois não há nenhuma preocupação dos gestores atuais do SINDJORNAL ALAGOAS com a qualificação dos Jornalistas. Com o surgimento dos novos sistemas de informação, a formação continuada passou a ser condição fundamental para o bom desempenho profissional e a garantia de conseguir uma vaga no mercado de trabalho. Mas, infelizmente, os diretores do SINDJORNAL ALAGOAS fazem de conta que a formação e a qualificação profissional é suficiente para se enfrenta o mercado de trabalho.
         
Os estudantes de Jornalismo é outro segmento que é vítima da inoperância da atual diretoria SINDJORNAL ALAGOAS, já que não existe  nenhum programa ou atividade  permanentes voltados para eles. Pelo contrário, a gestão do SINDJORNAL ALAGOAS busca, em nome da preservação do mercado de trabalho, dificultar a prestação de estágio pelos estudantes, que através dessa atividade tem a oportunidade de se qualificar na prática jornalística e também viabilizar os mínimos recursos para financiar seus gastos básicos, como transporte e alimentação. A maioria dos gestores atuais do SINDJORNAL ALAGOAS representa o mesmo grupo que comanda o Sindicato dos Jornalistas de Alagoas há mais de 33 anos, o que equivale a 11 mandatos ininterruptos! 

Por tudo isso é que se faz necessário MUDAR!

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